Muitos dizem que o ano de 2010 passou rápido demais, não para nós gremistas que amarguramos nove longas e intermináveis rodadas na zona do rebaixamento.
É e o tempo parecia não passar após aquele recesso da Copa do Mundo, cada rodada que permanecíamos ali, aumentava o nosso desespero e também a vontade de que o ano terminasse logo e nossa permanência na série A do campeonato brasileiro fosse um presente de natal.
Naquela situação em que nos encontrávamos o presidente Duda Kroeff demitiu Silas, que por falta de comando e pulso firme havia afundado o Grêmio em uma fossa, e Meira, bem, o Meira não tinha o perfil do Grêmio.
Agosto de 2010... o Grêmio sem raça, sem força, sem diretor de futebol, sem técnico e o pior, na zona do rebaixamento.
Tudo precisava de certa forma ser renovado, inclusive o espírito de Grêmio que faltava ali, quem assumisse o time além de muito trabalho teria de ter muita coragem também.
Foi então que o Grêmio, o estado e o Brasil se deparavam com a era Renato Portaluppi que acabara de começar.
Renato assumiu seu Grêmio com profissionalismo de treinador e coração de torcedor.
Na sua estréia, a eliminação precoce na primeira fase da copa sul-americana.
O próprio Renato indagou o que haviam feito com o seu Grêmio, e a resposta nós também queríamos saber.
Sob críticas de alguns por ser ídolo e colocar em risco essa imagem, Renato estava de frente com um time defasado e foi aí que calou a boca de todos que questionavam o seu trabalho.
Veio então a primeira vitória no Olímpico, a primeira goleada, a primeira vitória fora do Olímpico, à segunda, a terceira... e Renato havia tirado seu Grêmio da zona de rebaixamento de vez.
Lutar por algo na parte de cima da tabela? Sim, uma sul-americana era possível.
Não para Renato que embora respeitasse cada jogo queria seu Grêmio na mais alta posição da tabela que conseguisse.
Vieram os reforços, nomes que só o próprio Renato conhecia e sabia de onde tinham vindo, e sim, esses nomes não só deram resultado como viraram xodós da torcida.
Sem contar nos jogadores que já estavam aqui e refizeram-se,mudaram,transformaram-se... Era o Grêmio de volta, pelas mãos daquele que para o mesmo, deu o mundo.
E a zona do rebaixamento era passado, a sul-americana presente e a libertadores logo ali no futuro.
E aí sim,o ano voou,passou muito rápido, tão rápido que no final do campeonato almejávamos mais umas rodadas para brigarmos pelo título.
Título? É sim... título. Renato não só nos tirou da zona d rebaixamento como nos colocou na briga lá em cima da tabela.
O campeonato chegou ao fim e o Grêmio incrivelmente entre os quatro primeiros colocados, na zona da libertadores. Na zona da libertadores? Se a Conmebol não tivesse mudado a regra sim, mas como o G4 virou G3 em caso de final da Sul-americana com brasileiro, e era o que tínhamos, o tricolor ainda ficava de fora.
O campeonato tinha chegado ao fim, não para o Grêmio que seguia contando então com os milagres dos céus para terminar o ano com chave de ouro.
Foi difícil, nos pênaltis, mas o Independiente foi campeão da copa Sul-americana em cima do Goiás, e a vaga? Sim, era do Grêmio.
Hoje nós gremistas estamos com sorrisos estampados nos rostos, 2010 foi generoso demais com nós.
E agora 2011 tá aí...
E que neste, não nos falte força, não nos falte união, não nos falte esperança, não nos falte fé...
Que possamos estar ainda mais unidos seja para lotar o estádio ou para gritar gol em qualquer lugar do estado ou do mundo.
Que o nosso amor e o nosso orgulho só aumente e que isso esteja estampado em nossos olhos.
Que em campo a magia da imortalidade impere e faça o sentido do nome se fazer justo.
E por fim que 2011 seja um ano longo... mas longo para podermos comemorar por mais tempo cada conquista, e que essas sejam inúmeras no próximo ano. Feliz ano novo!
Por Bruna Borchardt
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