Lembro-me da minha euforia quando 2010 chegara ao fim. O tão desacreditado Grêmio,que fez um péssimo inicio de campeonato brasileiro,tornara-se um dos quatro primeiros na tabela,conquistara uma vaga na libertadores. O ano de 2010 pode não ter sido um ano espetacular,mas acabamos com a sensação de dever cumprido. Já 2011 começou nos trazendo medo. As atuações já não eram as mesmas,o time foi pouco reforçado e nossa presidência se preocupou mais em trazer Ronaldinho do que manter Jonas. E acabou perdendo dois. Ronaldinho e Assis, mais uma vez,montaram uma dupla ambiciosa e levaram consigo o desafeto gremista,mais uma traição para nossa lista e espero que a última. Jonas foi jogar na Espanha,saiu quase de graça e de forma repentina,sem se despedir e nem se quer disputar a libertadores que ele havia ajudado a encaminhar. Se isso fosse tudo,poderia dizer que o ano até foi bom,mas veio mais,muito mais por aí.
Nós,gremistas,acostumados com um time guerreiro,fomos obrigados a contar com a sorte,que não pode corresponder o tempo todo. Lá se foi o campeonato gaúcho,praticamente ganho. E o pior,das nossas mãos,ele foi parar nas mãos do nosso maior rival. Trágico.
A Libertadores se distanciava de nossas vistas,ficamos no meio do caminho,com uma insatisfação no peito e um sonho nas mãos: Até logo,tricampeonato.As esperanças voltaram-se para o campeonato brasileiro,era o que restara do ano. E deste... se eu não tivesse visto com meus próprios olhos Celso Roth voltando para tirar o Grêmio da zona de rebaixamento,eu sinceramente não acreditaria.
Técnicos... em 2011 foram três. Renato Portaluppi,nosso eterno homem gol,viveu constante guerra com Paulo Odone enquanto esteve na casamata tricolor. Nos deu alegrias,tristezas e foi desrespeitado pela omissa presidência. O resultado disso,foi a saída de Renato,a tristeza do torcedor,e o protesto contra Paulo Odone.
Do maior rival,saiu nosso novo técnico. Auxiliar de Falcão, Julinho Camargo chegou ao Grêmio para arrumar a casa. Ficou 33 dias na casamata tricolor e deixou a casa um tanto quanto mais bagunçada. A salvação da pátria, segundo pensamentos de Paulo Odone,era Celso Roth,que de fato se tornara o “novo” treinador gremista. Celso Roth assumiu o Grêmio na 15ª posição da tabela, tirou o perigo da tão temida zona de rebaixamento,mas não nos deixou em estado tão confortável no campeonato.
Resumindo tudo isso: Renato foi embora e as duas outras contratações de Paulo Odone foram quase que indiferentes.
A penúltima rodada do campeonato brasileiro foi nosso “até mais” para o mesmo. Nos restou a honra da última rodada,de um campeonato que não tem nada brasileiro e muito de gaúcho: GREnal. E o clássico,só retratou o que foi o ano gremista,mais uma derrota na conta,e desta vez,dando uma vaga para a pré libertadores ao maior rival.
O torcedor tricolor nunca desejou tanto o final de um ano quanto desejou de 2011,e felizmente ele chega ao seu fim!
Chega um novo ano. Caio Junior habitará nossa casamata. Além de Kleber Gladiador e Marcelo Moreno,outros nomes se juntarão à família tricolor em 2012. Um recomeço,uma nova chance e o nosso velho, bom e incondicional apoio.
Queremos que 2011 fique com a descrença que ele mesmo nos trouxe. Porque só nós sabemos o quanto é frustrante apenas cumprir tabela. Que em 2012 tudo seja diferente! Além de um Grêmio competitivo, queremos um Grêmio unido, um Grêmio com raça, um Grêmio com força.
Muitos dizem que 2012 é o fim. Se for para acabar, que o Grêmio termine, sendo Grêmio.
Por Bruna Borchardt
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