Não poderia deixar em branco a saída do nosso camisa 1. Ou
melhor,do nosso ex camisa 1.
Podíamos imaginar qualquer jogador deixando o time,menos
ele. Afinal de contas o goleiro dizia identificar-se com o clube e tinha
contrato até 2015.
E enquanto esteve no Grêmio,Victor foi de tudo. No começo
Victor era atração,fazia belas defesas e conquistava aos poucos o torcedor
gremista. Quando eleito o melhor goleiro do campeonato brasileiro por duas
vezes,Victor era brilhante. Quando defendia pênaltis,Victor era “o cara”.
Quando provocara os jogadores do maior rival,Victor era gremista. Quando foi
convocado para a seleção,Victor era o melhor de todos. Quando tomava um gol
bobo,Victor era o despreparado,quando tomava um gol que decidia o jogo,Victor
era o culpado. Quando não defendia os pênaltis da final de um campeonato,Victor
era o fracasso.
Talvez o peso da camisa 1 seja muito mais pesado do que nós
imaginamos,e talvez também jamais saberemos o quanto pesa. O que importa é que
Victor ficou no Grêmio e teve esse peso as suas costas por quatro anos,não
foram quatro dias e muito menos quatro semanas. Victor merece nosso respeito e
nosso agradecimento,porque por mais que não tenha sido tudo aquilo que nós
esperávamos,ele foi Grêmio,e por inúmeras vezes gritamos seu nome das
arquibancadas.
Não sou adepta às palavras de Paulo Odone,mas dessa
vez,acredito nele. Victor foi até o presidente gremista levar a proposta que
teria recebido de outro clube,no caso o Atlético Mineiro. E convenhamos
pessoal,ninguém vai até o chefe dizer que a outra empresa ofereceu mais e que
essa proposta foi atraente para simplesmente seguir trabalhando normalmente.
Victor pode ter feito isso para pedir um aumento,ou também simplesmente para
deixar o clube. Mas insistir para ficar,ele não insistiu. E nós mesmo que
decepcionados,devemos agradecer pelo que ele fez enquanto esteve aqui.
Obrigada Victor,e seja muito bem vindo á titularidade
Marcelo Grohe.
Por Bruna Borchardt
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