Quando o ano de 2012 começou, o fato de este ser o último
ano do estádio Olímpico me assustava um pouco, assim como todos que carregam no
peito as cores do Grêmio. Chegando o fim deste ano, o último, a ficha é quase
que obrigada a cair. Vejo o Grêmio entrando em campo pela última vez no estádio
Olímpico oficialmente e o nó na garganta é quase que espontâneo.
Apesar de tantas histórias vividas dentro do nosso velho
casarão, separar uma somente fica difícil. É improvável, cada jogo teve seu
momento inesquecível, cada grito de gol teve o gosto de vitória, cada treino
foi uma ríspida guerra, e cada momento foi imortalizado. O Olímpico Monumental
é mais que o estádio onde guardamos nossa história, é a nossa casa, onde
encontramos a nossa família.
Em cada jogo, mesmo que o gol não saísse que a vitória não
acontecesse, nós estávamos ali apoiando em cada minuto. Não que este fosse
nosso papel, apenas. Mas porque esse é o nosso prazer, é a nossa vontade.
São anos de história do Grêmio, anos de glórias do Olímpico,
inúmeros guerreiros que ocuparam as quatro linhas monumentais e incontáveis
loucos e completamente apaixonados pelo Grêmio que ocuparam seus lugares
cativos ali.
Desde quando tornei meu amor pelo tricolor em forma de
textos no blog, nenhuma derrota, nenhuma vaga perdida, nenhum gol anulado,
nenhum pênalti não dado e nenhuma final não decidida machucaram tanto quanto
escrever sobre a despedida do nosso velho casarão.
Eu não hesito em dizer que eu vivi dentro do Olímpico os
melhores momentos da minha vida até aqui. Que cada jogo foi de seu jeito
inesquecível, que cada gol teve o seu gosto de conquista, que cada vitória teve
sua trajetória de glória e que cada minuto foi único.
É uma tristeza boa. De perder, e ao mesmo tempo ganhar. Mas
é impossível conter as lágrimas e guardar apenas no coração essa história tão
bonita, na qual tenho orgulho de participar. O jogo final foi um clássico
Gre-Nal cheio de polêmicas e brigas. O jogo terminou empatado e a torcida
gremista fez bonito mesmo não levando os três pontos. Creio que o clássico
perdeu o foco diante da grandeza da data, foi dia de Grêmio, o último dia que
todos os caminhos nos levaram ao Monumental.
Por Bruna Borchardt
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