domingo, 17 de fevereiro de 2013

Tudo errado.


A noite de quinta feira, pós-carnaval trazia junto com a ansiedade de começar a tão esperada fase de grupos da Copa Libertadores da América, o frio na barriga de ver as estréias dos reforços tricolores em campo. Nada no mundo tinha mais importância naquela noite do que aqueles 90 minutos que estavam por vir, mesmo que fossem os primeiros a serem disputados. Mas tudo parecia estar fora do lugar. A geral estava sentada. A avalanche estava apagada. E o Fernando ocupava um lugar no banco de reservas.
As estréias? Sim, no ataque Barcos fazia dupla com Vargas. André Santos ocupava seu lugar na lateral, e Adriano para surpresa geral da nação estava em campo no lugar de Fernando.
Quando o juiz apitou o começo da partida, as vozes na Arena empurravam o time na primeira batalha para aquela tão almejada conquista. Já em campo, o anônimo Huachipato tinha espaços demais para jogar. Talvez preocupada, mas sem transparecer a torcida acreditava desacreditando naquilo que via nas quatro linhas.
Foram 45 minutos de partida literalmente sem jogo da parte gremista. Sem contar, que nesses 45 minutos o placar foi aberto, pelos chilenos, aos 16’. O Grêmio foi ao vestiário sob coro da torcida pedindo por Fernando, mas talvez esse grito só pedisse uma atitude, uma providência, algo que fizesse o Grêmio entrar em campo de verdade.

Na segunda etapa, Marcelo Moreno entrou no lugar de Adriano. O Grêmio ficou com três homens de frente para tentar virar o placar. Mas foi o Huachipato quem ampliou logo no começo do segundo tempo, aos 5’.
Foto: Fox Sports
O Grêmio reagiu rápido ao gol sofrido. Em confusão na área adversária, Conteras tocou a bola com a mão, o que resultou em pênalti para o tricolor. Barcos cobrou e marcou em sua estréia. O pirata como é conhecido, comemorou jus ao seu apelido junto a torcida gremista.
E para as autoridades fica o aviso, proibir a avalanche não será fácil, pois no momento do gol, entre as cadeiras, nos corredores a comemoração proibida pelas autoridades e a Comenbol aconteceu. Vale ressaltar que é mais fácil suprir a segurança do que proibir (minha opinião).
O time chileno fechou todas as portas. Luxemburgo tirou Vargas e André Santos de campo, para as entradas de Welliton e Marco Antônio, respectivamente.
O Grêmio teve posse de bola, mas não teve conclusão. Aos 40’ em lance Welliton a bola quase entrou, mas aquela noite parecia que tudo estava errado. O Grêmio perdeu o primeiro jogo da fase de grupos da Copa Libertadores da América. A primeira derrota da Arena. Que sirva de consolo, da ultima vez que perdemos na estréia, fomos campeões. Mas que não sirva de exemplo, porque a recuperação precisa ser imediata, caso o título seja a mira.

Ultrapassando alguns quesitos do jogo e partindo para a minha humilde opinião, acho que Luxemburgo errou. Eu, não colocaria nem Adriano e nem Barcos para começar a partida. A falta de imediata do Grêmio era a lateral, ou seja, André Santos. Nos outros setores talvez não estivesse 100%, mas estava entrosado, o que para a partida contaria muito. Fernando não tinha o porquê de sair do time, exceto claro, o problema pessoal no qual Luxemburgo falou, não querendo ser insensível, mas eu o escalaria. E Barcos, por mim iria assistir no mínimo 30 minutos de jogo no banco. Sem “puxa saquismos”, mas o cara chegou ontem, só treinou, precisa ver o jeito do Grêmio jogar. Resumindo, o Luxemburgo bagunçou o time, que por sua vez não conseguiu se organizar outra vez. E no final sobrou culpa ao gramado da Arena, que sabemos que não está 100%, mas que só prejudicou o Grêmio, afinal os gringos fizeram dois gols né?
Não condeno a OAS, nem os responsáveis pela a Arena e nem mesmo o próprio Odone que errou em prematuramente inaugurar a nova casa gremista. Mas existem certos problemas que são resolvidos com coerência e internamente, sem o torcedor literalmente pagar o pato.

VAMOS TRICOLOR, QUEREMOS A COPA!
Por Bruna Borchardt

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