domingo, 17 de março de 2013

Duas vezes Caracas.


Uma retranca pirata na Arena.

O que mais se ouviu da imprensa na semana que antecedeu o jogo do Grêmio contra o Caracas foi a tal retranca que os venezuelanos fariam. O próprio Grêmio se preparou para isso. Mas quando o apito inicial da partida soou, o que se viu em campo foi completamente diferente. A retranca estava longe de existir. Era literalmente, pirata.

A última partida na Arena não trazia boas lembranças. Decidido a apagá-las, o Grêmio entrou em campo de forma arrasadora. Apertou a marcação sem permitir sequer alguma jogada do adversário e ainda empilhou chances de gol.
Foto: Lucas Uebel
Embora as muitas chances que o Grêmio criara com a bola rolando, o primeiro gol saiu de bola parada. Elano cobrou, a zaga tirou, Pará cruzou e o goleiro não segurou, foi então que Barcos completou para dentro do gol. E se a torcida em unanimidade colocara uma mão em um olho e a outra para cima acompanhando a comemoração do pirata, em campo os jogadores comemoravam da mesma forma. Barcos contou que na noite anterior ao jogo, combinou com o grupo para comemorarem com o “seu gesto”.
Já mais entrosado em grupo e também apresentando destaques individuais o Grêmio esboçava uma partida de atuação impecável.
Aos 37’ em outro lance de bola parada saiu o segundo gol. Zé Roberto cobrou o escanteio no primeiro pau e Werley desviou. Grêmio 2x0 Caracas. 

O Grêmio voltou com o time igual para o segundo tempo. E igual também estava à vontade de vencer do tricolor, que logo cedo já marcou mais um. Em lançamento, Barcos descobriu Zé Roberto livre. O camisa 10 gremista driblou o goleiro e marcou o terceiro do Grêmio no jogo.
O Caracas ensaiou uma melhora na partida. Trocou passes e até descontou o placar, aos 14’, com Sánches de cabeça.
Com o time venezuelano empolgado após marcar um gol, mas com o placar a seu favor, o Grêmio passou a jogar no contragolpe.
Aos 27’ em jogada coletiva de Elano, Vargas e Pará, a bola chegou rasteira para Zé Roberto marcar mais o quarto gol do Grêmio no jogo.
Luxemburgo tirou Vargas e Elano para as entradas de Welliton e Marco Antônio, respectivamente, em campo. Com uma goleada no placar, o Grêmio administrou o jogo e garantiu os três pontos e a ponta do grupo. O tricolor é líder do grupo até a partida entre Fluminense x Huachipato.

O próximo jogo do Grêmio pela Copa Libertadores da América é outra vez contra o Caracas, mas desta vez longe de Porto Alegre, será no estádio Olímpico de la UCV, na terça feira, as 21h30m. 

Escalação gremista: Dida; Pará, Cris, Werley e André Santos; Fernando, Souza, Elano (Marco Antônio) e Zé Roberto; Vargas (Welliton) e Barcos.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo. 


Uma semana depois e completamente diferente.

Talvez a vitória e a atuação impecável do último jogo tivessem dado uma confiança suprema tanto no time, quanto na torcida gremista. Eu disse, talvez...

O Grêmio entrou em campo com o mesmo time que goleou o Caracas em Porto Alegre.
A situação do gramado do estádio Olímpico de la UCV é um caso a parte a ser analisado. Apesar de me admirar a Conmebol liberar um jogo de uma competição tão grande quanto a Copa Libertadores da América para acontecer em um estádio com certa situação precária, outrora eu não me surpreendo com o tal descaso vindo da Conmebol. Mas vamos ao jogo...
Foto: Lucas Uebel
Logo no inicio da partida, aos 15 segundos, os venezuelanos quase marcaram, mas Dida defendeu. Passado o susto inicial, aquela história de confiança ia aos poucos se confirmando. Aos 16’, André Santos alçou a bola na segunda trave e acabou sobrando para Elano, que estava sozinho para abrir o placar para o Grêmio.
Depois de contar com boas chances sem efetivação, o Grêmio começou a abrir espaços para o adversário. Não bastasse a notícia do 3º cartão amarelo para Elano, que o tira da partida de volta contra o Fluminense, aos 46’ em jogada de bola parada, o Caracas empatou o jogo.

O Grêmio voltou igual para o segundo tempo. E ainda recuperando-se do susto no final da primeira etapa, o tricolor desperdiçou algumas chances.
Os donos da casa aproveitaram o recuo gremista, para com oportunismo virar o jogo. Com Farias aos 21’ da etapa complementar.
Luxemburgo mexeu no time. William José entrou no lugar de Vargas, Welliton no lugar de Fernando e Marco Antônio no lugar de Elano.
O retrato do jogo era completamente diferente ao que acompanhamos há uma semana atrás em Porto Alegre. O Grêmio não conseguia concluir no jogo, o que deixava por hora o time nervoso e abusando dos erros.
Com esse resultado a vida complica, mas já dizia o ditado gaúcho: “Não ta morto quem peleia”.
A vaga está aberta, e que na Arena, a brilhante atuação contra o Fluminense no Engenhão se repita, e que a vitória seja só conseqüência. FORÇA GRÊMIO HEY!

Escalação gremista: Dida; Pará, Cris, Werley e André Santos; Fernando (Welliton), Souza, Elano (Marco Antônio) e Zé Roberto; Vargas (Willian José) e Barcos.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Por Bruna Borchardt

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