Antes de o jogo começar na Arena, indagado sobre a partida
contra o Fluminense, Vanderlei Luxemburgo disse que deveríamos pensar em vencer
o time que estaria ali como adversário, e não os que ficaram no Rio de Janeiro,
referindo-se aos desfalques dos Cariocas. Nós, torcedores, queríamos o mesmo.
Talvez metade da entrega que o time teve no Rio de Janeiro já bastasse.
Outrora, os destaques também eram desfalques nessa vontade.
Vanderlei Luxemburgo manteve o esquema, apenas repôs a peça
perdida. Marco Antônio entrou no lugar de Elano, lesionado.
Em campo o Grêmio parecia não sair do lugar. Apático. Nem
Pará e nem André Santos foram felizes nas laterais. Barcos esteve longe de ser
o atacante que vimos nas primeiras partidas. Vargas, apesar da velocidade,
pouco foi efetivo.
Se com a bola rolando o gol não chegava nem perto de sair, a
chance era na bola parada. Fernando bateu falta, Werley desviou para o goleiro
Diego Cavalieri espalmar. Barcos chutou o rebote, rasteiro, e parou nas mãos do
goleiro.
Com 11 em campo o negócio estava ruim, mas aos 44’ , Cris deixou a situação um
tanto pior. Exagerou na divisão com Sóbis e foi expulso. Saiu de campo muito vaiado
e com razão.
O Grêmio voltou para o segundo tempo com Bressan no lugar de
Marco Antônio e Kleber no lugar de Vargas.
Foto: Lucas Uebel |
Com um jogador a mais, o Fluminense ocupou o campo do
Grêmio. A torcida cantou para empurrar o time mas não resultou em nada.
Aos 10’
Rhayner marcou para o Fluminense, porém o gol foi anulado. Entendendo o perigo,
Vanderlei Luxemburgo resolveu aceitar o empate como resultado positivo e sacou
Barcos para a entrada de Adriano em campo.
Fernando ainda cobrou duas faltas. Os dois únicos chutes do
Grêmio na segunda etapa.
O Fluminense voltou a ameaçar, mas Dida salvou o resultado
da partida. Com o empate, o Grêmio precisa de mais um ponto para classificar
para a próxima fase. Porém, como disse Luxemburgo: “Quem entra para empatar,
perde”. Então, só a vitória interessa contra o Huachipato. VAMOS TRICOLOR,
QUEREMOS A COPA!
Escalação gremista: Dida;
Pará, Werley, Cris e André Santos; Fernando, Souza, Marco Antonio (Bressan) e
Zé Roberto; Vargas (Kleber), Barcos (Adriano).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Ps: Além de o jogo ter sido turbulento dentro
de campo, as questões “afora” da partida também deram o que falar.
Maurício de Carvalho Vieira, 20 anos,
torcedor do Grêmio, entrou com um rojão no estádio. Segundo ele, na hora da
revista, os PMs apenas bateram nas calças, não notando a presença do artefato,
assim como em outros torcedores não identificados que entraram com
sinalizadores.
Quando estorou o rojão, o torcedor acertou
Greice Gomes, 25 anos, também torcedora do Grêmio, que ficou com a audição
comprometida após o ocorrido.
Além do rojão, quando o Grêmio entrou em
campo, aqueles sinalizadores também não ‘’achados’’, foram queimados e quatro
homens foram presos.
Rojão, sinalizadores e para fechar com
chave de ouro: Briga nas torcidas e porrada da polícia que não identificou os
responsáveis, mas bateu.
Sei que nesta questão cada um tem a sua
opinião e seu ponto de vista. Talvez o limite que tentam impor na torcida
gremista seja o mesmo que falta na autoridade que tenta o impor.
Por Bruna Borchardt
Nenhum comentário:
Postar um comentário