Meu coração antes de começar o jogo já batia descompassado,o nervosismo tomava conta de mim e eu não imaginava que isso era só o começo. Mas eu estava ali para fazer o que faço desde que me conheço por gente: Apoiar o meu tricolor.
Superstições a parte entrei no Olímpico com o pé direito,fui com a mesma camiseta,com os mesmos pensamentos e com um grito imensurável guardado em mim de campeão.
Quando o jogo começou me deparei com a cena que eu jamais queria ver,o Grêmio não jogava bem,o Caxias atacava e aos 20 minutos um gol abria o placar,e esse gol não era do Grêmio. Nesse mesmo tempo eu vi os corações gremistas em uma só voz gritar ainda mais forte por aquele que cantam único amor.Aos 38 minutos o Caxias ampliou o placar e alguns ecoavam o grito de campeão para o time da serra.
O coração manda,e se fosse por ele os dois gols do Grêmio impedidos seriam validados. Falando em coração,este teria de ser forte porque algo sobrenatural estava reservado para nós nesta noite.
Há algumas semanas lamentávamos a venda de um jogador que poderia render muito ao Grêmio ainda e não estávamos errados. Deus escreve certo por linhas tortas,ele não foi e dos pés dele cheio de vontade de vencer saiu o primeiro gol gremista,William Magrão,escalado de última hora,um guerreiro.Faltava um para o Grêmio levar a decisão aos pênaltis e nos pés dos jogadores do Caxias parecia haver alguma substância que não os tirava do chão,o goleiro caia,os jogadores caiam e a cera corria solta.
Assim como teve coragem de ser injusto com o Grêmio, Márcio Chagas teve coragem também para dar 8 minutos de acréscimos ao jogo e esses valiam a vida,ou melhor,a imortalidade gremista.
Nesses 8 minutos aconteceu de tudo,expulsão,gol e cera. Rodolfo na euforia de vencer foi para cima do jogador Marcelo do Caxias e o mesmo revidou,ambos expulsos. Rafael Marques marcou o gol de empate gremista em cobrança de falta de Lúcio,com ajuda de Borges que tentou girar,mas a bola sobrou mesmo foi pro zagueiro tricolor e ele não desperdiçou a chance. Um gol que foi comemorado como título.
O Olímpico explodiu,e o que estava acontecendo ali naquele palco de conquistas e imortalidade era mais uma página a ser escrita nessa história repleta de glórias.
Pênaltis. De um lado o goleiro da seleção brasileira e de outro um goleiro que no jogo anterior havia defendido 4 pênaltis. Mas tínhamos a nosso lado algo que nenhum outro clube tem,a imortalidade,a mística tricolor. E essas,falaram mais alto.Victor defendeu os dois primeiros pênaltis Caxienses de Dê e Diogo. Everton marcou um para o Caxias.
Borges, Douglas, Fabio Rochemback e Lúcio fizeram os gols gremistas,e os gols do título.
Em uma noite imortal o Grêmio conquistou o primeiro turno do campeonato gaúcho,a taça Piratini.
Sob meus olhos. Sob os olhos de milhares de apaixonados. Sob amor. Sob fé. Sob imortalidade.
Não subestimarei ninguém e nem muito falarei,mas deixo a dica: Nunca duvidem de nada quando se trata do imortal tricolor.
A emoção que cada coração sentiu nesta noite foge de qualquer explicação,é imensurável.
Ver um dos nossos maiores ídolos ali no comando do time levantando uma taça é de uma emoção e de um orgulho que sinceramente,nunca ninguém irá ter igual. Porque a intensidade que ele vive cada momento aqui é a mesma que nos faz aplaudi-lo simplesmente por ele existir.
Obrigada Renato. Obrigada Victor. Obrigada Grêmio. Obrigada a cada um que envolve o Grêmio em seu nome ou sua vida. Obrigada nação tricolor por em cada jogo me proporcionar um espetáculo digno de glória. Obrigada Deus por me fazer gremista.
Parabéns a nós imortais. A luta continua. SOY LOCA POR TRI AMÉRICA.
Por Bruna Borchardt
Foi uma conquista pequena, mas teve ares de façanha.
ResponderExcluirFicou "a nossa cara".