quinta-feira, 30 de junho de 2011

Renato sai do Grêmio,mas o Grêmio não sai de Renato.

Um ciclo normal na vida segue de forma aleatória,começo,meio e fim. Às vezes com histórias,às vezes sem elas,às vezes com um dever cumprido,às vezes sem ele,às vezes com sorrisos no rosto e às vezes com lágrimas nos olhos.

Re
nato chegou no Olímpico em agosto do ano passado,contestado por alguns e ovacionado por outros,ele entrou no memorial e lá de forma intacta deixou sua imagem de ídolo para assumir então a difícil missão de comandante gremista. Um comandante que além de coragem,no momento,precisava também de muito amor pelo Grêmio,porque a situação não era nada fácil,e essa jornada de Portaluppi no Olímpico começou com nada mais,nada menos que uma eliminação da copa do Brasil.


Renato assumiu seu Grêmio com profissionalismo de treinador e coração de torcedor. Encarou tudo e todos,respondeu as críticas da imprensa e de forma aguerrida e brava tirou nosso Grêmio da tão temida zona de rebaixamento.
Renato respeitou cada adversário,mas esqueceu de respeitar os limites e nos colocou na libertadores da América. Um milagre,vindo de um santo,chamado Renato Portaluppi.
O ano de 2010 pode não ter sido dos melhores,mas para nós gremistas ele teve um gosto especial,o gosto não só de ver uma virada épica do Grêmio contra o tempo,mas de ver o nosso ídolo dentro dela.

Neste ano de 2011 os trabalhos poderiam estar sendo feitos com a mesma garra,mas não trouxeram os mesmos resultados. O Grêmio deixou a libertadores e em seguida,o campeonato gaúcho,mas o “paizão” Renato estava lá para defender e honrar seu Grêmio quando e quanto fosse preciso. Porém não era o bastante,faltava time,faltavam resultados e em meio tudo isso,uma guerra de egos. Odone que nunca manifestou apoio a Renato parecia nitidamente incomodado com a situação e com a presença do técnico,mas Renato estava lá,cobrando reforços,cobrando atitudes,mesmo que,elas não viessem.

O começo de campeonato brasileiro só não foi mais traiçoeiro com o Grêmio do que o departamento médico,que nos tirou muitas peças importantes,em jogos de ainda mais importância. Ou teria sido,o Grêmio traiçoeiro com o campeonato brasileiro?
Na noite desta quarta feira,29 de junho foi a gota d’agua,o Grêmio com um péssimo futebol apresentando empatou com o lanterna,o pior time do campeonato,e o pior,dentro de casa..
Após o término da partida,lá estava Renato dando novamente a cara a tapa,como sempre,defendendo seu grupo,defendendo seu time e se colocando junto a nós para lutar com o Grêmio,mas nessa jogada,nesse meio campo entrara o presidente Paulo Odone,com possessividade,e agressão nas palavras,praticamente dizendo “ o Grêmio é meu e eu faço o que eu quiser”. A coletiva acabou,e horas depois,já na madrugada,a tão temida noticia,Renato havia pedido demissão.
Na parte da tarde desta quinta feira,Renato foi ao Olímpico despedir-se do grupo,e chegando lá deparou-se com uma multidão pedindo a saída de Odone e sua permanência,mas a decisão já estava tomada e com isso,milhares de gremistas revoltos ou não,lamentaram a saída dele do tricolor gaúcho,o nosso homem gol,mais uma vez,longe de nós.

Ao Renato,nos resta agradecer por tudo que ele foi no Grêmio enquanto habitou nossa casamata.
Agradecer pelas palavras,pelas respostas,pela defesa,pelo orgulho e principalmente pela paciência.
Agradecer pelas tão esperadas coletivas de imprensa após cada jogo.
Agradecer pelos comentários e as palavras que só ele é capaz de fazer e dizer.
Agradecer pelas intermináveis piadas,indiretas e provocações.
Agradecer pelo seu caráter,e por sua coragem.
Agradecer por jamais ter fugido da luta,e muitas vezes mesmo sabendo que estava errado,deu a cara para bater.
Agradecer por cada minuto e cada segundo desses 322 dias que ele passou aqui com nós.

Para nós a camisa 7 será eternamente tua,homem gol,e a casamata estará sempre a tua disposição. Com o mesmo coração que com lágrimas tu nos agradeceu,nós,também com lágrimas,te agradecemos. Tu sai do Grêmio Renato,mas o Grêmio nós sabemos que jamais sairá de ti. Muito obrigada!

Para quem pensou que eu terminaria esse texto finalizando um ciclo,se engana. Um ciclo normal tem inicio,meio e fim,este,não é normal,é imortal. Até breve,Renato!

Por Bruna Borchardt

Um comentário:

  1. Renatão obrigada por tudo, não importa o que aconteça tu já provou ser um ídolo, dentro e fora de campo, ao logo dos anos teu nome era sempre lembrado, porque tu fez históra, teu nome está na historia do Imortal e ninguém tira isso de lá. Agora está indo embora, esse episódio é só uma vírgula na sua história que jamais terá um ponto final, pois esse ídolo é IMORTAL assim como o GRÊMIO.

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