“Em meio à morte iminente,dizer sorrindo,meio entre dentes: Nós somos imortais.”
Pode parecer clichê toda essa história de imortalidade,e dentro das quatro linhas,realmente é. Mas se temos esse rótulo,não é por acaso.
E foi em meio a desconfianças e certezas que na noite de quarta feira,22 de fevereiro,no estádio beira rio,aconteceu mais um grenal da história,o clássico 391.
De um lado o inter,em casa,com o time titular e todo favoritismo. De outro,o Grêmio com o que de melhor tinha em campo,técnico interino e uma bolsa de incertezas. Situações adversas e uma observação: Em clássico,nada disso importa.
Logo no começo do jogo,o Grêmio entrou em campo organizado,atacando e desafiando o meio campo do rival. O lado esquerdo com Júlio César era a melhor opção gremista,pois lá na frente estara Kleber,saindo da sua posição e participando das jogadas com desenvoltura. Marco Antonio,por vezes criticado,também fazia boa partida.
O resultado desse Grêmio motivado,veio aos quinze minutos da primeira etapa. Em falta sofrida por Kleber,Marco Antonio cobrou,Muriel tirou de soco e Léo Gago bateu forte para o gol,a bola ainda bateu em Muriel antes de entrar para rede. Placar do clássico aberto.
O gol gremista fez com que o rival acordasse para o jogo,o time colorado passou a criar mais,o jogo passou a ser equilibrado.
Aos vinte e oito minutos,em passe errado de Fernando,Dagoberto armou o contra-ataque e Leandro Damião deixou tudo igual no jogo.
Na segunda etapa do clássico,o inter voltou fazendo uma marcação melhor que no primeiro tempo,mas o meio campo gremista impedia a velocidade que a equipe colorada impunha no jogo.
O clássico da certeza colorada e das desconfianças gremistas estará sendo levado para os pênaltis. Mas Kleber,não queria assim. Aos vinte e um minutos,Marco Antônio em jogada pela meia-esquerda encontrou Kleber,que se destacou na noite por grande atuação,lá na frente,e o camisa 30 gremista fez aquilo que sabe fazer bem,gol. O Grêmio virara o placar do Gre-Nal.
A partir da virada,o Grêmio passou a fazer marcação forte em cima do rival,dominando a partida. Mas aos 41 minutos do segundo tempo o time colorado assustou a torcida gremista em um cruzamento de João Paulo,encontrando Leandro Damião que chutou forte. Mas se a torcida levou susto,Victor não. O goleiro gremista fez uma defesa emblemática. A noite parecia mesmo ser tricolor,e assim se firmou.
O Grêmio teve uma grande atuação no Gre-Nal,surpreendendo aqueles que julgavam o clássico decidido para o lado vermelho e provando mais uma vez que em Gre-Nal,não existe favoritismo,existe futebol,e ele é decidido dentro das quatro linhas.
Naquela noite do céu de Porto Alegre caía chuva,e da torcida tricolor ecoavam pingos de amor.
Méritos ao Roger Machado que organizou o time,aos jogadores gremistas que demonstraram sim uma atitude vencedora em campo,que provaram que essa camiseta tem história,e que essa história é sim,sendo ou não clichê,imortal.
Já comandado por Wanderlei Luxemburgo,pelas quartas de final do campeonato gaúcho o Grêmio vai à serra enfrentar o Caxias,no domingo,26 de fevereiro.
Escalação gremista: Victor;Gabriel,Gilberto Silva,Naldo e Júlio César (Bruno Collaço); Fernando,Léo Gago,Souza (Vilson) e Marco Antônio; Kleber (André Lima) e Marcelo Moreno. Técnico: Roger Machado (Interino).
Por Bruna Borchardt
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