Certo dia desses em uma rede social li uma discussão sem
fundamento algum. Chegando a esses últimos jogos no Olímpico, alguém reclamou
do público e cobrou pelo nome, os seus amigos por não comparecerem nos jogos
questionando quão gremistas eles eram. Os mesmos chegaram a explicar os motivos
de suas ausências.
Vocês não sabem o tamanho da vergonha alheia que eu senti.
Acho importante a presença da torcida no estádio, e mais, quanto mais lotado,
melhor e mais bonito. O Grêmio precisa e valoriza isso. Outrora entendo que nem
todos podem estar sempre nas arquibancadas apoiando o Grêmio. O que não quer
dizer que o gremismo deles seja menor ou menos intenso dos que estão ali.
Conheço muitos gremistas que moram longe, que não são sócios
e pagam um absurdo por um ingresso, mas mesmo assim quando podem estão no
estádio. Conheço também os que estão sempre ocupando um lugar ao alento. E por
fim conheço aqueles que vão ao estádio, se dedicam ao clube, são sócios, mas
nem sempre podem estar presentes. Eu mesmo, sou sócia, pago minhas mensalidades
em dia e só esse ano já passei por inúmeras coisas que me impediram de estar
ocupando o meu lugar ali no Olímpico. Não deixei de ser gremista e muito mesmo
diminui o meu sentimento pelo tricolor por isso.
Sim, no Olímpico tem lugar para todos nós, figuradamente
dizendo. Todos nós sejamos os que torcem das cadeiras, das arquibancadas, ou de
casa mesmo, fazemos parte dessa história. Sem incluir ou excluir nenhum.
Ninguém é mais gremista que ninguém.
Aquele que canta na geral não é mais gremista do que se
assenta nas cadeiras, aqueles cujo alentam em todos os treinos não são mais
gremistas que aqueles que vão ao estádio somente nos jogos, e nenhum destes,
são mais gremistas dos que habitam longe, ou que acompanham o time pela tv. Ninguém
tem o símio direito de cobrar, citar nomes ou jogar indireta para os que não
vão por seus motivos. Tem sim os que têm tudo para ir e não vão. Mesmo assim,
não nos cabe julga-los.
Quer falar que o Olímpico merecia mais? Fale. Eu também acho
isso. Mas não cobre, não julgue.
Me senti incomodada com aquela discussão. Achei
desnecessário um gremista querer agredir o outro com palavras. Afinal de
contas, estamos juntos na mesma força e temos um único objetivo que é ver o
nosso time no topo.
Será que o mais importante nessa nossa jornada de apoio e
entrega é mesmo o Grêmio?
No meu caso eu sei que é, e espero que seja no seu também. E
aos que se encaixam nessa cobrança excessiva, um puxão de orelha não faz mal a
ninguém.
Por Bruna Borchardt
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