domingo, 4 de novembro de 2012

Com a voz da torcida.


Hoje farei um post diferente, fora dos contextos e termos das quatro linhas. Com a voz da vitória de ontem, da torcida.

Quando terminou o jogo, questionei quatro torcedores sobre o resultado. Um disse que o Grêmio foi fraco e está sem ambição alguma. O outro mostrou total desafeto com o André Lima (justo com o cara que marcou). E os outros dois classificaram a vitória com o estilo do Grêmio.

A meu ver gente, o primeiro tempo foi horrível. O time não jogou o que sabe e foi fraco. Não que o segundo tempo tenha sido mil maravilhas, o gol salvou. Mas considero esse jogo memorável. Sim, com todas as letras, memorável. Também por ser um dos últimos jogos no nosso amado Olímpico Monumental, mas principalmente por ver pela décima, pela centésima, pela milésima vez, que a gente pode fazer gol ali das arquibancadas. Ver que o sentimento que carrega cada pedaço de concreto do Olímpico é algo assustador, é algo que faz perder as palavras, que corta qualquer reclamação. Ou alguém esperava que o André Lima fosse marcar aos 45’ do segundo tempo de um jogo terrível contra a Ponte Preta. Eu reclamei, e esqueci de tudo quando gritei gol e vi o apito do juiz terminar a partida.
Foto: Boleiros das Arquibancadas
A torcida cantou o gol. Quando ficamos com um a menos, a torcida se agigantou e buscou como se estivesse ali, nas quatro linhas, o gol junto com o André Lima. Já nosso camisa 99 quando comemorou, usou toda essa nossa intensidade. E como disse o Elano “se ele pudesse iria lá ao meio da torcida.” Não é o melhor atacante, não é o melhor jogador, mas já ajudou muito. Não nos cabe insultá-lo tanto como ouvi ontem.

Está chegando o final do ano, e com isso o fim do campeonato. Começam então os problemas. Um jogador machuca aqui, o outro sente ali, o desgaste físico aumenta. E em campo pra ajudar a gente perde dois laterais no mesmo dia. Outra vez vou usar as palavras do Elano: “não é a hora de pensar no cansaço”. E para nós, torcedores, não é a hora de reclamar, reclamar e reclamar. Sim, podemos ser melhores, e temos capacidade de sobra para isso. Mas desde sempre no futebol o que mais importa é o resultado.

Voltando ao quesito torcedor. Como é lindo ver o amor e a devoção que o torcedor gremista tem. Aquele momento do gol rendeu lágrimas a muitos, porque misturou todo o amor pelo clube com a ansiedade do jogo e a despedida do velho casarão. É demais para nós. Mas ouvi de um desses quatro gremistas uma frase que me apeguei, na qual dizia “Como é difícil ser gremista, mas é a melhor escolha que eu fiz na vida”. Eu, também.

Quesitos técnicos do jogo
Grêmio 1x0 Ponte Preta – Estádio Olímpico Monumental
Escalação gremista: Marcelo Grohe; Pará, Naldo, Werley e Anderson Pico (Júlio César); Fernando (Elano), Souza, Marco Antônio e Zé Roberto; Leandro (André Lima) e Marcelo Moreno;
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

A próxima partida do tricolor é no domingo, dia 11, contra o São Paulo no estádio Olímpico. Dia de mais uma vez, jogarmos juntos com o nosso Grêmio!
Por Bruna Borchardt

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