terça-feira, 24 de maio de 2011

O Tchau de Borges.

Talvez com um pouco de sentimento de culpa eu escrevo aqui hoje sobre a saída do Borges. E essa culpa,eu não carrego sozinha.

Incorrigível um ato falho que tira de campo nosso centroavante,de um jogo em casa,e pela libertadores. Imperdoável errar um pênalti,no Grenal então,inadmissível.
Somos torcida,agüentamos e passamos por tudo,muitas vezes calados,sem palavras. Mas às vezes,falamos demais.

Não conheço gremista que não odiou o Borges,nem que fosse por um momento. Ele não vivia a melhor fase de sua carreira no Olímpico,o Grêmio não estava na sua melhor fase.

É difícil não sorrir ao lembrar do nosso ataque de 2010,Borges fazia parte dele,assim como é difícil não esbravejar ao lembrar dos lances decisivos que não eram aproveitados,das chances perdidas e do pênalti,ah o pênalti. O clima acabou,o “ambiente” não era mais o mesmo. Borges sobrou.
Tínhamos um craque no banco,e esse era o nosso desejo até então,afinal de contas ele havia sido expulso por imbecilidade,ele errou um pênalti em um Grenal,ele não matou o jogo...
Até que ele entra em campo e como quem diz “eu estou aqui” marca o seu gol,seu último vestindo a camisa do Grêmio,e que,pela situação,fez a torcida sorrir novamente. Ele,chorou.
A situação do Borges era vista como irreversível no Olímpico,muitas especulações foram feitas mas a reconciliação não veio,o jogador já treinava separado do grupo,e a certeza de seu futuro só confirmou o que as especulações já diziam,Borges se junta aos meninos da vila,deixa o azul de lado e passa a defender apenas o preto e o branco,por dois anos.

Não estávamos em plena sintonia com Borges,mas talvez a grande maioria de nós hoje,lamentou sua saída.

Aos gremistas ficam as boas lembranças,os gols,as danças e as palavras de Borges após conquistar junto com o Grêmio o campeonato gaúcho de 2010: “Um dia quero mostrar um quadro com esse pôster para os meus netos e dizer,o vovô jogou no Grêmio.”

Sucesso nessa nova caminhada,Borges.

Por Bruna Borchardt.

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