segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Quem manda em Porto Alegre?

Confesso que com as circunstâncias senti medo do dia em que teria de relatar o Grenal 388. As próprias circunstâncias me traziam medo e aquela história de que clássico empatado não tem graça,perdia totalmente o sentido para mim,porque conforme os acontecimentos,um empate na minha conta,seria lucro.
Semana que antecede o grenal,Grêmio no entra e sai da zona de rebaixamento,Inter bi campeão da recopa. O Grenal tinha um favorito,e ele estava longe de vestir azul. Mas já diziam os mais sábios esportistas,em clássico não existe favorito.

Que jogo o domingo do dia 28 de agosto nos reservara não? E ele não poderia começar de forma mais angustiante,chuva em Porto Alegre.
O estádio Olímpico não contava com toda sua massa tricolor,a torcida estava descrente com o time,mas os que lá estavam fizeram uma festa bonita,não pararam durante os noventa minutos,isso sim,já era previsível,como sempre há de ser quando se trata da torcida gremista.

De um lado Celso Roth,do outro,Dorival Júnior,e entre eles mais que um jogo,um clássico,um Grenal... A chance de mudar uma história.
O Grêmio entrou em campo com uma escalação diferente. Douglas e Marquinhos jogavam juntos,Fernando ocupou a posição na qual ele foi destaque na seleção sub 20,Mário Fernandes voltou a ocupar a lateral direita,Julio César fez sua estréia na lateral esquerda e na frente André Lima,com o apoio de Escudero.
Retranca? Celso Roth gosta,não nega,mas o tricolor que estava em campo no domingo,entrou para jogar na área rival e o time mostrou isso logo passando os dez minutos do primeiro tempo,em jogada de Douglas e cruzamento preciso de Mário Fernandes,Marquinhos abriu o placar para o Grêmio.
Não há como negar,a postura do Grêmio em campo não foi impecável,mas chegou perto disso. O time de Celso Roth trocava passes no meio campo e por vezes ameaçava a área rival.
O inter empatou o clássico aos 26 minutos em falta sofrida por Andrézinho,cobrada por Oscar e com endereço na cabeça de Índio. Grêmio 1 x 1 Inter.
O gol colorado não abalou o time gremista,que ainda antes do final da primeira etapa sofreu pênalti de Índio em Saimon. O juiz não deu, e o Grêmio não se abalou,continuou a assustar.

Os dois times voltaram para a etapa complementar visivelmente lentos. Mário Fernandes resolveu quebrar o ritmo sonolento do jogo,recebeu de Escudero pela esquerda e foi atropelado por Muriel. Pênalti claríssimo. O juiz mais uma vez não deu,e puniu o jogador gremista com cartão amarelo,deixando-o fora do próximo jogo,contra o Corinthians.
O Inter ainda compareceu ao ataque,Damião desaparecido no jogo tentou,mas ali,no estádio Olímpico,os Deuses do futebol reservaram outra história para esse Grenal.
Aos 32 minutos em mais um lance polêmico de Ìndio na área do inter,quando o mesmo foi com o corpo para cima de Escudero,o juiz marcou pênalti. Nada mais justo diante do decorrer do jogo. Douglas cobrou e ampliou o placar para o lado gremista. Grêmio 2 x 1 Inter,assim terminara o clássico 388.

Vale ressaltar o empenho e a vontade dos jogadores gremistas. Marquinhos mais uma vez surpreendeu o torcedor,pois o mesmo já por vezes havia declarado que não queria jogar no Grêmio,e assim vinha demonstrando em campo. Quando resolveu jogar,anotou três gols em sua conta,sendo um deles,no Grenal. Saimon anulou o destaque colorado,Damião não foi visto em campo. Fernando mostrou porque foi destaque na seleção brasileira. Victor não falhou. Escudero mais uma vez respondeu as expectativas. Mário impecavelmente ocupou a lateral direita. Celso Roth não retrancou. O Grêmio venceu. Parabéns tricolor,que junto com este segundo turno do campeonato,comece a reação.

Termino meu post com a frase da semana,dita por André Lima: “No Grenal a gente vê quem é quem.”

Boa semana,tricolores.

Por Bruna Borchardt.

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