Um clássico é sempre
muito esperado. Aquele frio na barriga interminável quando o time entra em
campo, aquela euforia sem tamanho quando sai um gol, ou aquela tristeza absurda
quando seu time toma o gol. Aqui no Rio Grande do Sul, esse êxtase de sensações
se propaga há uma semana pelo menos antes do clássico. Tem quem diga que não,
mas nos sentimos assim, vocês sabem disso.
Eis que chega o tão esperado Gre-Nal. O jogo dos grandes do
estado. O clássico.
Antes de falar do jogo, vou falar da situação dele. É
muito amadorismo liberar um estádio na situação em que se encontra o beira rio
para sediar jogos. Se com sol já é precário, imagina com chuva, lodo e barro
por todo lado. Não bastasse tanto amadorismo, a torcida do nosso rival ganhou
caixas de som à beira do gramado para transmitir seu som, traduzindo,
para fazer barulho como se o estádio estivesse lotado. Se a minha indignação
até o presente já é grande, imaginem vocês que tivemos
Mas vamos falar do jogo. O Grêmio entrou em campo com o que tinha de melhor. O time
que vêem jogando no campeonato. Com Marcelo Moreno, que era duvida na semana,
presente no ataque.
Já no lado colorado, Kleber pelo meio e as estrelas Leandro
Damião e She-ha Diego Forlán no ataque.
O primeiro gol do jogo saiu logo no inicio da partida. Aos 7’ Anderson Pico cruzou para a
área e Juan tirou a bola de cabeça, mas Muriel, por fora da jogada da zaga
colorada saiu do gol e a sobra caiu nos pés de Elano, que mandou para o fundo
da rede.
Logo depois da jogada que resultou o gol, Elano sentiu dores
no músculo adutor da coxa. E não agüentou muito tempo em campo. Aos 15’ ainda da primeira etapa,
Marquinhos entrou no time.
Com a saída de Elano e ingresso de Marquinhos no time, o
Grêmio perdeu o poder de criação. Cedendo então, domínio dos donos da casa.
A defesa gremista, muito organizada,quando não teve êxito na
jogada,pode contar com as falhas nas finalizações do adversário. Ou então, com
a tarde inspirada de Marcelo Grohe.
O segundo tempo começou com pressão colorada. Se no lado
adversário a busca era incessante pela igualdade do placar, no lado gremista, o
gol parecia estar blindado. Nem mesmo o craque da copa de 2010 ficando sozinho
com Marcelo Grohe conseguiu tal façanha de furar a defesa.
Vendo a bola não chegar lá na frente para Marcelo Moreno e
Kleber,Luxemburgo sacou o camisa 9 e colocou Leandro,para puxar o contra
ataque. E o professor acertou na mudança.
Com Leandro em campo, a defesa colorada passou a ficar em alerta. E o meio campo
sem muita ofensividade.
A vitória gremista no Gre-Nal 393 era então questão de
tempo. Se de um lado o adversário tentara chegar, do outro, estava lá Marcelo
Grohe para defender.
Aos 48’
Leandro Vuaden apitou o final do jogo e decretou o fim do Gre-Nal 393.
A vitória gremista foi construída logo que, com seriedade cada
um dos jogadores encarou o clássico. Sem menosprezar ou subestimar o rival. Não
foi fácil vencer, mas a competência e organização falaram mais alto. E não me
digam que a vitória foi magrinha, porque há um ditado no futebol que diz o
seguinte: “Em clássico, 1 a
0 é goleada”.
Com a vitória, o Grêmio ocupa a 3ª colocação na tabela, com
37 pontos e enfrenta o Vasco em confronto direto, na quarta feira, 29 de agosto,
no estádio Olímpico.
Aos colorados sem redundância que não foram capazes de
cantar e apoiar seu time, em pleno seu estádio, fica o recado: Continuem por
mais mil anos falando da série B ou dos dez anos sem título nacional. Continuem
apegados a mais ou menos títulos gaúchos. E usem a desculpa de que nos
contentamos com pouco. Talvez esse seja o maior dom de vocês.

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