terça-feira, 28 de agosto de 2012

Clássico é clássico.


Um clássico é sempre muito esperado. Aquele frio na barriga interminável quando o time entra em campo, aquela euforia sem tamanho quando sai um gol, ou aquela tristeza absurda quando seu time toma o gol. Aqui no Rio Grande do Sul, esse êxtase de sensações se propaga há uma semana pelo menos antes do clássico. Tem quem diga que não, mas nos sentimos assim, vocês sabem disso.

Eis que chega o tão esperado Gre-Nal. O jogo dos grandes do estado. O clássico.

Antes de falar do jogo, vou falar da situação dele. É muito amadorismo liberar um estádio na situação em que se encontra o beira rio para sediar jogos. Se com sol já é precário, imagina com chuva, lodo e barro por todo lado. Não bastasse tanto amadorismo, a torcida do nosso rival ganhou caixas de som à beira do gramado para transmitir seu som, traduzindo, para fazer barulho como se o estádio estivesse lotado. Se a minha indignação até o presente já é grande, imaginem vocês que tivemos mil ingressos para nossa torcida e eles não colocaram nem dez mil na torcida deles.

Mas vamos falar do jogo. O Grêmio entrou em campo com o que tinha de melhor. O time que vêem jogando no campeonato. Com Marcelo Moreno, que era duvida na semana, presente no ataque.
Já no lado colorado, Kleber pelo meio e as estrelas Leandro Damião e She-ha Diego Forlán no ataque.
O primeiro gol do jogo saiu logo no inicio da partida. Aos 7’ Anderson Pico cruzou para a área e Juan tirou a bola de cabeça, mas Muriel, por fora da jogada da zaga colorada saiu do gol e a sobra caiu nos pés de Elano, que mandou para o fundo da rede.
Logo depois da jogada que resultou o gol, Elano sentiu dores no músculo adutor da coxa. E não agüentou muito tempo em campo. Aos 15’ ainda da primeira etapa, Marquinhos entrou no time.
Com a saída de Elano e ingresso de Marquinhos no time, o Grêmio perdeu o poder de criação. Cedendo então, domínio dos donos da casa.
A defesa gremista, muito organizada,quando não teve êxito na jogada,pode contar com as falhas nas finalizações do adversário. Ou então, com a tarde inspirada de Marcelo Grohe.

O segundo tempo começou com pressão colorada. Se no lado adversário a busca era incessante pela igualdade do placar, no lado gremista, o gol parecia estar blindado. Nem mesmo o craque da copa de 2010 ficando sozinho com Marcelo Grohe conseguiu tal façanha de furar a defesa.
Vendo a bola não chegar lá na frente para Marcelo Moreno e Kleber,Luxemburgo sacou o camisa 9 e colocou Leandro,para puxar o contra ataque. E o professor acertou na mudança.
Com Leandro em campo, a defesa colorada passou a ficar em alerta. E o meio campo sem muita ofensividade.
Na defesa, Werley sentiu o tornozelo e deu lugar a Naldo.
A vitória gremista no Gre-Nal 393 era então questão de tempo. Se de um lado o adversário tentara chegar, do outro, estava lá Marcelo Grohe para defender.
Aos 48’ Leandro Vuaden apitou o final do jogo e decretou o fim do Gre-Nal 393.
A vitória gremista foi construída logo que, com seriedade cada um dos jogadores encarou o clássico. Sem menosprezar ou subestimar o rival. Não foi fácil vencer, mas a competência e organização falaram mais alto. E não me digam que a vitória foi magrinha, porque há um ditado no futebol que diz o seguinte: “Em clássico, 1 a 0 é goleada”.

Com a vitória, o Grêmio ocupa a 3ª colocação na tabela, com 37 pontos e enfrenta o Vasco em confronto direto, na quarta feira, 29 de agosto, no estádio Olímpico.

Aos colorados sem redundância que não foram capazes de cantar e apoiar seu time, em pleno seu estádio, fica o recado: Continuem por mais mil anos falando da série B ou dos dez anos sem título nacional. Continuem apegados a mais ou menos títulos gaúchos. E usem a desculpa de que nos contentamos com pouco. Talvez esse seja o maior dom de vocês.

Por Bruna Borchardt
Fotos: Grêmio Oficial/Agencia RBS/Clic Rbs



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